quarta-feira, 16 de junho de 2010

Garras afiadas

Te vejo assim: um cabelo cacheado, volumoso, ombros pequenos, sempre na minha frente, um pescoço sedoso, que me seduz. Minhas mãos deslizam sobre as suas costas, passando pela sua cabeça, onde as minhas mãos não querem sair, pois elas não querem sair daquela imensidão que me alucina.
Começo, apenas com as minhas garras terríveis, passeando pelo seu corpo. Apenas fazendo força, em locais necessários. Você me olha com uma cara de reprovação, mas que eu sei que você quer que não pare. Mãos sempre fortes, que encaixam no seu ombro, massagiando-o. Dos ombros, passo para as costas, tão pequenas, porém tão macias.Penso, que não deve estar te desagradando, mas o seu rosto diz o contrário. O ápice, é quando chego ao seu pescoço. Com uma delicadeza de um cirurgião, uso o meu par de instrumentos mortais para lhe proporcionar o prazer necessário. Com pequenos arranhões, deixo pequenas marcas.
Percebo que a minha missão está terminada. Deixo você em paz, com seus pensamentos e encantos. Meu coração parte, em saber que naquele momento, você não pensa em mim. Mas mesmo assim, eu continuo com meu trabalho. Por alguns momentos, você está em minhas mãos e posso proporcionar o que de melhor eu tenho: simplesmente essas minhas mau fadadas garras, que apenas a massageiam. E porque não, massageiam o seu pequeno ego...

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